Blog do Nilber Santiago

Alegre Tristeza – O Livro

Posted by Hotel Palmeira on 6 de julho de 2007 in Sem categoria with No Comments



Nilber Santiago

Canindé(CE), Janeiro de 2003

Alegre Tristeza

“Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”.
Mateus 12:34

À Solidão, minha mais recente companheira, matéria-prima da minha dor, transmutada em sensibilidade, traduzida nas palavras dos versos meus.

A um ingrato coração…
Forte doer profundo na minh’alma.
D’eu, a quem a cabeça serve apenas de entranhas ao coração,
Por vezes, muitas, por ti partido…

A você, cuja mentira de antes é a sua verdade de agora.

O timbre confidencial da poesia

Nilber Santiago Barroso adentra ao viver como passageiro de um tempo-espaço fugidio tingido de incertezas, mas prenhe de esperança num amanhã que restaure a fé no milagre de sonhar: porto último da poesia!
A sede da arte transcende a animalidade do homem descortinando o ser pensante-sensitivo em eterna relação do eu com o Próximo e o Cosmo circundante… Assim é que Nilber se faz poeta na tessitura das questões existenciais metafísicas animadas por um verbal intimista-confidencial mas permeável à complexidade de qualquer outro homem passível do milagre de sonhar.
Alegre Tristeza traz a antítese, a complexidade do ser homem-poeta do vôo sem asas materiais, mas orquestrado pelo imaginário no horizonte sem-fim da fenomenologia poética.
Este livro fala do mistério do viver à luz de uma filosofia personalíssima oriunda da subjetividade de um poeta nascente em meio a desconcertos, ânsias, incertezas e desencontros… Somente a construção poética caberia a um discurso tão interiorizado nas profundezas do universo sensorial humano, somente a poesia fotografa a alma humana em ultima instância!
Acredito que o oficio do escrever iluminará o trato da palavra-poema em Nilber Santiago Barroso, de modo que mensagem e forma sejam homogêneas e cristalinas dentro da individualidade do corpo e alma: este complexo de unidade e multiplicidade.
Cabe-me somente desejar boa-viagem aos leitores que partirão pelas páginas deste livro em busca de diferentes portos pelo mar da poesia.

Diogo Fontenelle

“Se queres construir algo do nada, começa amando intensamente teus pensamentos e tua imaginação. Um grande caminho começa com o primeiro passo. O resto fica por conta das circunstâncias”.

Autor Desconhecido

Tudo começou do nada, ou de tudo que circunstancialmente virou nada de repente. Foi ouvindo meus sentimentos, pensamentos e imaginação, agora escritos neste trabalho; ouvindo a voz do meu coração, de outros corações, até a voz de mudos corações.
Sentimento e gente, é sobre isto que eu escrevo. É como se fosse uma fotografia de um sentimento meu em um determinado momento. É a grande e única verdade daquele momento. Depois, pode até ser que mudem as verdades ou mentiras.
Não é um tipo convencional de poesia. As emoções rimam harmonicamente, por si só. É um sentir, são emoções traduzidas, codificadas em palavras.
É como disse um amigo meu:” Este livro é um filho teu”.
E filho sabe como é…

O autor

Amando

A solidão é minha amante
Amando solitário
Aborto meu sentimento
Parindo a mim mesmo
Nas palavras dos versos meus
Psicografando Nilber
Morto
E renascido das cinzas
Como uma fênix alada
Minh’alma de águia
Voando a esmo, à toa
Meus muitos de mim

Aqui vão
Meus muitos eus…

Busca

Doendo
Fala meu coração sofrido
Vivo sofrendo a vida
Ah! Vida querida…
Aqui chora
Meu coração doído e doido
Minha eterna chegada e partida
Qual barquinho a esmo
Navego às entranhas da minh’alma
Pescando
Buscando a mim
Triste sou eu
Mas mesmo assim
Qual porto de mim mesmo
Âncora nas estrelas
Coração doído e doido
Chegada e partida
Meu começo
Meu fim

Meu eu poeta

Se poeta sou
Sou como um bebê
A engatinhar palavras,
Sentidos,
Sons
Tal feito criança
Que a si mesmo vive,
Sente
Despertado do sono de mim
Acordado num sonho de mim
D’um eu profundo do eu
Do eu saber-me
Doeu saber-me

Menino

Eu sou eu menino
Meu eu menino
Lindo
Como um camafeu
Ostentado como troféu
Retrato de amante
Junto ao peito teu
Presente de amado
Sou eu
Eu menino eu
Eu só…
Meu eu menino teu

Dois

Deus é três
Eu sou dois
Metade de mim odeio
Metade de mim sufoco
Metade de mim eu morro
Metade de mim eu mato
Metade de mim suporto
O outro de mim?
O outro de mim resiste
O outro de mim insiste
Mas um outro de mim existe
Insiste este outro de mim
Entre os dois há guerra…
Metade de mim, tempestade
Do outro de mim, saudade
Verdade este outro de mim
Metade de mim, tristeza
Do outro de mim? Certeza:
Há este outro de mim
Metade de mim, medo
Metade de mim, todo
Metade de mim, tudo
Metade de mim eu fujo
Pro outro de mim inferno
Metade de mim, refúgio
Metade de mim não presto
Detesto metade de mim

Quase

Eu?
Eu não sou nada tudo
Não sou nada todo
Eu sou sempre quase
Quase isto
Quase aquilo
Quase tudo
Quase nada
Quase sempre
Quase nunca
Nunca todo
Nunca tudo
Sempre quase
Nem tudo
Nem todo
Nem sempre
Quase…

Gente

Eu
E ela
E ele
E a outra
E o outro
E a outra
E as outras
E elas
E eles
E vocês
E os outros
E eu só…

Lamento

Miragem do deserto
Boca seca
Um sonho lento
E eu só…
Só no lento passar do tempo
Vento que sopra
Eu mirando o tempo
E minha vida a arder
Há cinzas…
Sombras…
Fogueira…
Chamas de um sonho
Que não mais vai voltar

E eu só…

Mas saiba
Que ainda te espero
No mesmo lugar

Vem!…

Regina

Eu queria te querer
Querer-te assim
Bem querida
Curar
Minha chaga
Uma ferida
Peso
Nos ombros
Desta vida
Amar-te assim
Bem amada
E matar
De morte matada
Esta sina
Triste estrada
Amar-te bem
Bem querida
E ter dela
A minha vida
Enfim resposta
Uma saída

Amor

Voz do além da lógica
De ter sempre alguém
Certo e perto
De um espaço
De um canto
De um tempo
Que era vez de mim

Agora eu

Agora já não há mais eu
Quem eu era
Já não mais sou
Hoje, quem sobrou de mim?

A quem amei foge de mim
Já não mais me ama
Ou finge ou tenta já não mais me amar

E eu?
Eu nem sabia que amava
Que amei
Hoje, eu sei:
Ainda te amo

Nossos quereres

Eu queria
E não tinha coragem de querer
Tu, sem querer, quiseste
Talvez realmente querendo
Quis o que já queria e temia
Temia que você também quisesse querer
Hoje eu quero
E nem mais me importo se tu realmente queres
Ou nem mesmo querias querer
Hoje eu já quero
Hoje eu só quero
E não quero não mais querer
Hoje eu já tenho coragem de querer querer
Agora sem mais te querer
Agora querendo quase
Querendo quase tudo
Querendo sem temer
Sem temer querer
Sem ter medo de querer
Continuar querendo

Amigos

Amigo
Bem
Amigo
Vem
Amigo
Tem
Amigo
Sentido
Pra tudo
Em todos os sentidos
Amigo
Repartir
Amigo
Completar
Amigo
Caminhar
Junto
Amigo
Companhia
Na alegria
Na dor
Amigo
Amor
De amigo
Amigo
Abrigo
Abraço
Aconchego
Afago
No coração
Amigo
Vida
A vida querida
Amigo
Sara
A ferida
Amigo
Não
A solidão
Amigo
Sim
Ao coração
Amigo
Ouvir
Amigo
Falar
Amigo
Calar
Amigo
Estar
Contigo
Amigo
Estar
Sempre
Amigo

A Náusea

Essa tristeza infinda
Essa dor não sei onde na alma
Essa saudade de tudo
De mim
De você
De um lugar
Saudade qualquer
Do sim
Do não
Essa dor assim
Que eu quase posso tocar com a mão
Tão forte
Tão sutil
Tão perto
Tão dentro de mim está
Esse mal-estar que me maltrata
Que quase me mata
De que eu fujo mil léguas
Talvez?
- Não!
Com certeza é a razão de estar vivo
É a dor de viver
É o misterioso sentido da vida
A náusea de estar vivo
De ser humano

A náusea, eu não a tenho
Ela é que me tem
Me atém
Me detém
Vem
E me leva ao longe
Pra além disto
De tudo
Infinitamente

Eu e Ela

Eu…
Você…
Nós…
Agora sós.
Agora por que não mais te ter?
Por que não mais você?
Por que não mais nós dois?
Por que?
Por que não mais te ver?
Por que não mais querer?
Por que não mais nós sós?
Por quê?
Por que
Ainda
Querer
Ter
Você?
Por nós?
Sós
Nós dois
Nós tudo
Nós todos
Nós juntos
Os muitos de nós
Nós juntos de todos os nossos nós
De dentro de todos os nós todos

Não

O meu coração partido
Que não pode ser teu
Já não é mais de ninguém

Pra direita, incompreensão
Pra esquerda, lamentação
Acima e abaixo
Sem direção

A minha solidâo sofrida
Que não pode ser por ti suprimida
Dói doída pelo teu não

Tu não podes
E eu não devo
Tu não queres
E eu não me atrevo
Não me atrevo a ir além
Ir além do que deixas deixar

Mas não me deixes
Ou abandones o meu mudo e travado amar
Que sem contudo te amar poder
Faz apenas te imaginar
E em ti sonhar te amando

Liberdade?

Ter tudo acabado entre nós
Foi como se meu coração se estraçalhasse
Numa grande explosão
Se despedaçando
Em mil pedaços de mim

Depois
Foi como se eu cavalgasse
A mais brilhante e bela estrela
Voando solto pelo universo
Sem rumo pro que há de vir

Embora Só

Vem, amor não mais tão estranho
Pois frágil agora é o medo
Não mais prisioneiro dos fantasmas de mim
Sou eu
Só vida só contigo
Não mais vai e vem. Fica!
E ficarão muitas possibilidades
Que virão e irão por nós.

Vai meu coração
Prá vida que não sabias viver

Vai…
Embora só
Só vida só
Doce amor
Forte amor
Vida amor
Pulsa amor
Vive amor
Embora só
Só vida só

Vem, amor…
Para eu olhar nos teus olhos
E amar

Me diga

Às vezes
Você
Me quer
Quer bem
Eu sei…eu sinto…
Às vezes
Não
Às vezes
Você é assim
Tão não
E eu sinto… Muito…
Outras vezes
Você é
Sim e não juntos
Assim
Eu já nem sei
Que sou
E o que sou
Pra ti
Nem quem é você
Nem o que quer de mim
Ao dizer sim
Ao dizer não
E então, o que sou pra ti?
E o teu sim?
O que quer dizer?
E o teu não?

Mas deixa ser assim
Ser dividido
Asssim mesmo
Assim mesmo sim e não
Assim mesmo lá e cá
Assim
Tão longe
E tão perto de mim

Santa Gente

Nossa Senhora Lúcia
Nossa Senhora Luz
Nossa Senhora Lucidez
Nossa Senhora Altivez
Nossa Senhora Filha de Ana, a Lúcia
Nossa Senhora do Falar como Oração
Nossa Senhora do Abrir Coração
Nossa Senhora a minha atenção
Nossa Senhora a minha intenção
É de agradecimento. Eterno. Terno.
Sempre. Sente…
Nossa Senhora Sentimento
Nossa Senhora Alento no Sofrimento
Momento de grande luz
Ao te encontrar
Cada rever
Cada falar
Santa da Estrada
Trilhada na caminhada
Das noites e dias da vida
Santa da Liberdade
De toda a Verdade
Tu, Nossa Senhora Lúcia
Santa da Cura
Pura Alma de Ser Gente
Santa da Ponte
Do meu Inferno para o Céu
Que Deus te abençoe
Para Todo o Sempre…
Amém.

Esperando Godot

Relógio
horA
Porta
esperA
Ninguém
vocÊ
Nada
vocÊ
Tudo
mudO
EU

Sozinho
tempO
Lento
veM
Também
améM
Até
agorA
Não
neM

ONDE ESTÁS?
CADÊ VOCÊ?

O Meu Coração Às Vezes Fala,
O Meu Coração Às Vezes Cala

Ah! Como dói doída
A dor de um coração
Que a outro se abre
E o outro coração lhe diz não

É imensa a dor
Não, não é imensa a dor
É só absurdamente intensa a dor
Não, não é intensa a dor
É só profunda a dor
Só machucando a alma
A profunda dor nas entranhas da alma

A dor de um coração
Que a outro se abre
Como se em tentáculos,
Braços,
Mãos.
Procurando tato,
Contato,
Carinho,
Outra mão,
Outro coração
E o outro coração lhe nega
Cala a voz do meu coração

É a dor do meu coração que quer amor
Sem contudo te amar poder

Incerteza

Você é
Na medida certa
A criatura esperta
Que em mim amor desperta
Aperta meu coração
E no alvo acerta
Uma emoção para você incerta
Mas inserta dentro de mim

Na certeza de você em mim
Liberta minha alma da dor
Na beleza de seres quem és

Foi Agora

Dói no fundo da alma
Bem dentro do coração
Cortando
Ferindo
Doendo
Fazendo sangrar a dor
Machucando forte
Como uma morte de mim
Dilacera a alma
Esfacela o coração
Doendo
Ferindo
Cortando meu peito de dor
…E uma lágrima corre…
Como se fosse um rio de dor
Rio quente, triste de dor
Dói
Machuca bem dentro do coração

Por que você ainda MORA em mim?
Quero que MORRAS em mim agora.

Quando?

Boca
Beijo
Nunca.
Desejo…
Mas quando
Te vejo
És sempre
Semente
De amor

Amor de Amor e Dor

Tu mataste minha vida
Morreu
Mais uma parte de mim
Dói no fundo da alma
Da alma que sangra de dor
…E as lágrimas não secaram
Jorram de uma ferida
Profunda no meu coração

É tudo tão frágil
O que vai, parecer que foi
Mas sempre volta

Tu mataste minha vida
Que já era tão sem vida
Bem no meio dela, abriste uma ferida
De lá, sagram lágrimas
Lágrimas de amor
De não mais te amar poder
Amor
De amor e dor

Sem Saída…

Meu…
Minha…
Meu desejo
Minha vida
Minha saída
Pra vida
E eu que era teu
Agora só e dó.
Eu…

Obrigado Ana Lúcia

Hoje eu seria
O que eu não queria
O que eu não seria
Por nunca ter sido
Seria
Se você não tivesse existido
Ainda sofreria
Se você não tivesse me compreendido
Eu me perder prá sempre iria
Se eu não tivesse te encontrado

Mas isto tudo rima com cuidado
Obrigado
Pelo teu cuidado

Às vezes
Muito só
Eu sou
Estou
Nestas horas
A minha alma
Arde em dor
Da febre da solidão
Solidão de não ter com quem dividir
Meus momentos de céu e de inferno
Uma forte dor corta meu coração
A forte dor da solidão
Do abandono
Da solidão
Da solidão da alma

Eu sem ninguém
Sem mais nenhum alguém

Sem mais nada

Alegre Tristeza

É puro sentimento
Meu sentimento puro

Eu te amo
E não há engano
Estranho
Que eu até respiro você
A minha tristeza?
É por não te poder ter
A minha alegria?
É por cada te ver
Você
Minha alegre tristeza
Minha lúcida loucura
Sóbria embriaguez
Triste alegria
Minha alegre tristeza

Não Queria

Eu queria
Não mais te querer
Queria
Não mais você

Pra quê?
Pra que te querer
Sem a ti poder ter?
Pra quê?

Eu queria
Não mais você…
Pra que você
Sem te amar poder?

Amor-aranha

Tece tua teia
Vermelha, rubra
Cor de sangue
Do meu coração sangrando de saudade

Tece tua teia
Azul, como um manto
Acalentando o pranto
Do meu coraçao chorando de saudade

Maldade, o amor

Amor peçonha
Trama tamanha
Verdade medonha
O amor-aranha

Odeio por te amar

Por que odeias o meu amar,
Se meu esperar
Já desespera em ânsia
Por teu negar?

Por que calas de amor falar,
Se o teu silêncio só atiça,
Adoça, só embala a dúvida
A incerteza e o meu sonhar

Quente e Frio

Amar-te?
Saudade quente e fria
De um frio na alma
Do calor do amor
É calada a dor
Da saudade de tudo
Saudade do nada
De um nada tão solitário
De tão vazio por nada ser
Por sermos tudo
Por nada sermos
Sermos todos
Nós que nem fomos
Que fomos tudo
E nem somos
Nem mesmo nada

Saudades de tudo.
Saudades do nada.

Mágoa

Às vezes
Você me magoa
Passas e finges não me ver
Isto mata a minh’alma
O meu coração chora
Morto, à toa sem te ter
Ferido, à toa sem teu querer
Perdido, à toa sem você
Sofrido eu…
E você?

Sorver-te
É só ver-te
Sorvete

Queria server-te
Com um beijo na boca
(como a um sorvete)
Tua alegre tristeza
Minha lúcida loucura
Tua velha mocidade
Meu lúdico brinquedo
Nadando minha língua
Tocando a tua
Num céu de bocas, de estrelas
Você:
A chave de tudo
A minha passagem pra mim
É só ver-te…
É quando tudo começa…

Teu

Pega
Toma
Leva
Leva meu coração
Nas mãos
Nos braços
No teu coração
Mas leva meu coração que é teu
Só teu

Mim e ti

Me abraça
Com teu olhar
Me beija
Com teu sorriso
Te amo
Mesmo com teu não

Mudas Palavras

Tuas lágrimas
Olho brilhando
Disseram mudas palavras
Pérolas de amor aos meus ouvidos
Sim. Disseste, sem dizer: “Eu te amo”
Sem dizer uma palavra

Do poema lido
Lágrimas-palavras
Foi com teus olhos que disseste
Mudas palavras
As que nunca pensei possível ouvir
Elas nos teus olhos
Hoje eu li

Foi teu coração livre falando
Foi sem sentir sentindo forte
Meio assim sem querer
Que disseram os teus olhos

Deixaste escapar teu segredo
Do que tu fojes
Ao que tu negas
As tuas lágrimas-palavras
Foram doces mágicas-palavras
Disseste, sem dizer: “Eu te amo”

Foste

Que Deus te perdoe
Que Deus te abençoe
Que Deus te coroe
De paz

De tudo que ‘cê foi
E hoje a dor que dói
Do teu mal que me corrói
Que mói meu coração
Sem paz

De tudo que ‘cê foi
E hoje és não mais
Leva
E não mais traz
O mal da dor
De que foste capaz
E que a todo bem destrói
Mas já que tudo foi
Que não volte
Jamais.

Deus Tempo (Vento de Tempo)

Ainda ecoa o grito
De silêncio do meu coração
Do silêncio mudo
Da minha implosão interior
Da dor calada
Meio tudo, meio nada
De um vazio cheio de dor
Mas dor que passa
Que um vento chamado tempo carregou
Sempre carrega
Mas, ainda ecoam os sons
Daquele vento de tempo…
O presente
A gente sente mais presente
O futuro ainda chegará
O Deus tempo ainda não o buscou
Ele virá e ecoará num grito gritado
Rimado
Não mais mudo
Não mais calado

Lembrança

Papel
Traço teu rosto
Em meu peito
Em verso
Pensamento
Um sentimento
Um abraço
Beijo meu
Verbo-amor
Rogo, cansado, te ver

No papel
Traço meu amor
Em verso
Como um abraço
Um beijo meu
No verbo, amor
Rogo, cansado, te ter

Agora o tempo é saudade
E a solidão tão presente
O banquinho vazio
Barco naufragado
Eu: náufrago de nós
Tristeza…

Vai e Vem

Tu és
O sol da manhã
Da tarde
O sol até das minhas noites
Brilhando forte
Aceso dentro de mim a
Qualquer hora
Volta aqui de novo!
Vem alegrar minha tristeza!
Mesmo que as horas voem
E passes como um cometa

Tendo sentido

As vezes sinto
Sinto até que não sinto
Sinto assim sentindo
Assim sem nem mesmo sentir
Penso tê-lo sentido
Mas nem senti
E então é sem sentido
O que pensei ter sentido
Mas mesmo sem sentido
Foi sentido
O que pensei ter sentido
Sentido assim sem sentido
Por ter sentindo sentido

Foi só momento
E eu nem sentiria na verdade

Encontro

…E a história
Começa
Termina
E recomeça
Sempre…
Porque
A vida
É um livro
É o mundo
De filos-Sofia
Tem começo
Não fim.

Foram beijos alados
Que voaram sem bocas
Ocas sem prazer

“O amor não é amado”
São Francisco de Assis.

“A faca que corta o sândalo também se perfuma”
Provérbio Indiano

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